Hora de trocar o carro e o escolhido é um usado. Veja os sinais que informam sobre o passado daquele que pode ser o seu futuro carro.
Com tanta oferta de modelos e condições de pagamento, comprar um usado ficou muito fácil. Difícil mesmo é avaliar se o veículo que você escolheu está em bom estado ou esconde surpresas desagradáveis embaixo do capô ou sob a pintura.
Se você não tem à disposição um mecânico ou funileiro, que podem dar detalhes mais específicos sobre motor ou lataria, o jeito é apelar para algumas dicas que ajudam a não entrar em uma roubada.
Funilaria e pintura
- Em dia de chuva os defeitos não aparecem, já que gotas de água escondem as imperfeições da lataria e pintura. Procure analisar o futuro carro no Sol, com uma luz homogênea.
- Para achar imperfeições, ondulações na chapa e desalinhamento das portas, olhe o automóvel de frente, encoste o rosto no pára-lama e analise a lateral. Depois passe o dedo no vão das portas e a distância tem de ser a mesma em toda a extensão. Se um lado tiver espaçamento menor que o outro, o carro pode ter sido batido e mal desamassado.
- Para verificar batida na dianteira, abra o capô e analise o cofre do motor (as paredes devem estar sem ondulações e a pintura não pode estar nova em folha). Além disso, os parafusos internos de fixação do painel da grade devem ser da mesma cor do veículo. Meça com o dedo o vão entre o capô e o pára-lamas (diferenças gritantes indicam que o capô foi retirado ou que o pára-lamas foi trocado).
- Marcas diferentes nos faróis e lanternas indicam que a peça original foi quebrada e que o carro foi batido. Observe, também, marcas de tinta em nessas peças e grades (algumas oficinas não desmontam a lataria e empapelam as peças para ganhar tempo).
- Se der, destaque a borracha dos batentes das portas. Por baixo, devem estar apenas os pontos de solda originais de fábrica. A distância varia de 5 a 10 cm. Se faltarem pontos, a lataria foi reparada. Você também pode passar a mão por baixo e uma pequena linha com relevo é sinal de tinta nova.
Parte mecânica e interior
- Esqueça o hodômetro, já que os velocímetors digitais são mais fáceis de serem adulterados.
- Por dentro, é importante checar o pedal do freio. Se estiver nitidamente desgastado, deve ter mais de 60 ou 70 mil km. Se o volante ou cambio estiverem lisos, sem a rugosidade do plástico, estão gastos. O tecido dos bancos também deve ter o gasto normal do tempo.
- Por fora, balance o carro apoiando as mãos sobre cada pára-lama. Se, ao retirar a pressão, o balanço continuar, é que os amortecedores já estão desgastados.
- Verificar os pneus. Marcas diferentes e desgaste irregular são sinais de desalinhamento ou problemas na suspensão.
Motor
- Desconfiar da aparência impecável, pois pode esconder algum vazamento. Olhe próximo às juntas do cabeçote, pois a presença de óleo pode indicar um simples reaperto ou até o empenamento da peça.
- Verificar o nível e o aspecto do óleo (muito escuro e abaixo do nível, o motorista é pouco cuidadoso).
- O filtro de ar deve estar limpo e com pouco uso.
- Ao ligar o carro, se o motor demorar para funcionar, é mau sinal (bicos injetores estão entupidos).
- Peça para alguém acelerar e vá olhar o escapamento. Precisa estar preto de fuligem. Se estiver melado de óleo, precisa de reparo. Se a fumaça for densa, branca ou azul-clara, o veículo está queimando óleo).
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