segunda-feira, 26 de julho de 2010

Carro que passa a semana parado exige manutenção maior

Carro que fica parado na garagem a semana inteira para rodar só no fim de semana exige manutenção mais frequente do que aquele que é usado todo dia, de acordo com especialistas. A demora para gastar o tanque cheio de combustível ou para atingir a quilometragem prevista para a próxima troca de óleo pode virar receita de problemas. Os líquidos podem envelhecer e prejudicar os mecanismos do carro.

O PROBLEMA - A gasolina, por exemplo, perde características depois de um mês no tanque e pode gerar entupimento dos bicos injetores, ensina o analista. O álcool tem uma duração só um pouco maior. Por isso, encher o tanque não é recomendado para quem usa pouco o carro.

Escapamento, pneus, ar-condicionado e bateria também entram na lista de equipamentos que podem ser afetados pelo pouco uso do veículo.

Pior é no caso do veículo que é usado esporadicamente e apenas por curtas distâncias, menos de10 km ou de 20 minutos. “É o efeito padaria”. O carro nunca roda o suficiente para o motor esquentar e haver a lubrificação das peças. A cada partida, há um desgaste grande. "O prejuízo é maior quando a pessoa tira o carro da garagem e acelera de uma vez", destaca Harley Bueno, diretor de segurança veicular da Associação dos Engenheiros Automotivos (AEA).


É por isso que o carro que roda pouco passa a ser visto como de “uso severo”, como aqueles que andam acima do esperado. Na revisão, a tendência é que seja preciso antecipar a troca de peças, o que pode quase dobrar o custo com manutenção. “O aumento fica entre 30% e 40%”, avalia Wagner Puzzi, chefe da oficina da concessionária Itavema Fiat. “O que seria trocado na segunda revisão, acontece na primeira. O da terceira, na segunda, e por aí vai.”

E o prejuízo dos 'domingueiros' não para na oficina. A chance de um automóvel de pouco uso ser reprovado na inspeção veicular é maior do que a daqueles que rodam todo dia. Isso porque a vistoria obrigatória inclui todos os itens que são comprometidos pela falta de uso.

ALERTA - Por isso, é recomendável ter cuidado com a tentação de comprar aquele carro usado “que está novinho, quase não foi usado”, alerta Felix. “Se alguém me oferecesse um carro que rodou 10 mil km em três anos e outro que andou 45 mil km nesse tempo, preferiria o segundo. A menos que o dono do primeiro comprove que fez a manutenção com tanta frequência como deveria".

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