Um estudo do Hospital das Clínicas de São Paulo mostra que aqueles que escapam da morte enfrentam uma dura rotina. E a pesquisa traz uma surpresa: os motoboys não são mais a maioria das vítimas.
No Instituto de Ortopedia do Hospital das Clínicas de São Paulo, o doutor Marcelo Rosa viu se multiplicar o número de mutilados pelos acidentes de moto. É para lá que são encaminhados os casos mais graves, que precisam de cirurgias de alta complexidade em São Paulo. Ele coordenou um estudo para medir a dimensão dessa tragédia.
A pesquisa acompanhou 84 pacientes que foram internados no Hospital das Clínicas de São Paulo entre maio e novembro do ano passado. Esses pacientes foram acompanhados durante seis meses. O resultado é um retrato assustador do impacto desses acidentes sobre a sociedade. Em custos hospitalares, no prejuízo provocado por esses jovens que deixam o mercado de trabalho e no efeito devastador para as vítimas e suas famílias.
Em média, os pacientes ficaram 18 dias no hospital. Fizeram mais de duas cirurgias e custaram R$ 35 mil ao SUS cada um. Há cinco anos, mais da metade das vítimas de moto em São Paulo eram motoboys, que trabalham com a motocicleta. Hoje, 67% das vitimas são trabalhadores, que usam a moto como meio de transporte.
Fonte: G1 e Fantástico
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